quinta-feira, 24 de junho de 2010

TRILOGIA SUJA DE HAVANA


“Fui enxotado do jornalismo porque fui cada vez mais ficando visceral. E as pessoas viscerais não são muito apreciadas. Se você tiver idéias próprias, precisa entender que vai encontrar continuamente caras fechadas, gente querendo questionar, diminuir você, ‘fazer compreender’ que você não tem nada a dizer, ou que deve evitar aquele fulano por que é louco, ou veado, ou um verme. Eles reduzem o mundo a umas poucas pessoas híbridas, monótonas, tediosas e ‘perfeitas’. E assim querem transformar você num merda.”



Pedro Juan Gutiérrez

quarta-feira, 9 de junho de 2010

IGUALDADE



Cheguei cansada do meu “todo dia” e me pus a videar o que estava disponível na TV, e lá estava alguém de campanha eleitoral com o velho argumento da igualdade.

Igualdade...

Igualdade...

Como assim igual?

Igual como?

Qual o parâmetro pra se uniformizar algo ou alguém e considerá-lo igual?

Não que eu ache isso ruim, pelo contrário, entendo perfeitamente a boa intenção de alguns que a proclamam.

Na essência acho tudo muito bonito.

Mesmo assim, essa palavra não me soa confortável...

Acredito que muitas vezes essa tal igualdade significa imposição de valores, códigos... Enfim, disseminação da mesmice.

Ter o mesmo comportamento socioeconômico diante das diferenças, banalizá-las como algo menor não as iguala, mas sim, reproduz o que a humanidade sempre faz com as minorias, segregados e excluídos: o extermínio de suas peculiaridades.